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O Sistema de Plantio Direto (SPD) é uma alternativa ao Sistema de Plantio Convencional, que não utiliza técnicas convencionais de preparo de solo, como a aração e gradagem. O SPD se baseia na mobilização de solo restrita à linha ou cova de semeadura ou plantio, à manutenção do solo permanente coberto com restos de cultura ou com plantas vivas, ao controle de plantas daninhas, pragas e doenças, e à diversificação de culturas, estruturada via rotação, sucessão e/ou consorciação de culturas.
Uma das espécies vegetais mais utilizada atualmente para produção de palhada no SPD é a Urochloa ruziziensis (mais conhecida como Ruziziensis), devido à:
• Produção de forragem de alta qualidade, reduzindo o crescimento de invasoras por sombreamento;
• Crescimento semiereto, folhas largas e talos finos, formando touceira pouco densa, sendo necessária baixa dose de herbicida para dessecação;
• Bom desenvolvimento de raízes, auxiliando na retenção de umidade, na descompactação e estruturação do solo;
• Alta reciclagem de nutrientes para o sistema;
• Suporta períodos longos de seca e na época das águas apresenta alta velocidade de crescimento;
• Baixo custo de suas sementes se comparadas a outras espécies do gênero.
O SPD, quando estabelecido, proporciona diversos benefícios como: redução de custos com combustível nas atividades agrícolas, controle da erosão hídrica e eólica, conservação da umidade no solo, proporciona maior aproveitamento da água disponível pelas plantas, aumenta e diversifica a microbiota, favorecendo o controle biológico de pragas e doenças, menor incidência de plantas daninhas, reduz custos com herbicidas, melhora a porosidade total do solo e eleva a tolerância dos cultivos a períodos de estiagem.
O produtor que deseja ter melhor aproveitamento dos benefícios do SPD precisa estar atento a diversos fatores, como a taxa de semeadura, a quantidade de sementes utilizada para o plantio da área, definida pelo VC (Valor Cultural) ou PMS (Peso de Mil Sementes), a profundidade de semeio (B. ruziziensis - 2 cm) e o momento da implantação. Esses fatores estão diretamente ligados a um dos pilares do SPD: a rotação de cultura, geralmente utilizando B. ruziziensis em consórcio com o milho ou sobressemeadura com a soja. O semeio da B. ruziziensis pode ser feito antes, durante ou depois da semeadura do milho, mas ocorrendo em até 14 dias após a germinação do milho é relatado em estudo da EMBRAPA que apresenta menor competição entre a braquiária e o milho. Já na soja, a U. ruziziensis é semeada por sobressemeadura no estádio fenológico R6 da soja.
Para concluir, é preciso atentar-se aos três pilares do SPD: não revolvimento do solo, cobertura permanente no solo e a rotação de culturas. Adotando de forma correta e rigorosa as práticas desse sistema que, após estabelecido, pode trazer ao produtor a redução de custos e ao ambiente equilíbrio e sustentabilidade.