Saiba Mais.

Chegamos na temporada em boa parte do território nacional iniciou-se as primeiras chuvas e as pastagens voltando a rebrotar com vigor. Mas antes mesmo de poder iniciar o pastejo, temos que observar se a pastagem já cresceu até sua altura de corte e mensurar qual sua produção para poder dimensionar quantos animais posso colocar nesta área, em todas as épocas do ano que forem realizar o pastejo. Para fazer isso, o dado que corresponde ao volume de capim produzido na área se chama capacidade de suporte.

 

A capacidade de suporte nada mais é do que estimar a produção do capim através de amostragens da área para saber o quanto de “comida” tenho para ofertar pro rebanho e a taxa de lotação é a razão entre o número de animais pela área utilizada. Sempre uma informação vai caminhar junta a outra. 

 

Vamos supor que o produtor está pronto para iniciar seu pastejo na transição seca-águas e o mesmo já mensurou que a forragem possui 20% de matéria seca (esse valor pode ser estimado através de uma análise bromatológica ou métodos práticos de secagem em microondas) e, através do aforo (utilização de um quadrado de dimensão conhecida, corta-se de vários pontos da área para estimar a produção de massa verde, como ilustra a foto abaixo), a forragem produziu 50.000 Kg/ha de matéria verde. Agora, necessitamos saber quanto de matéria seca temos por hectare.          

 

                                                                                     Taxa de lotação e capacidade de suporte: uma ferramenta que auxilia no manejo das pastagens

 

 

50.000 Kg/ha---------------------100%

X----------------------20%

X= 10.000 Kg de matéria seca/ha


Agora que sabemos a produção da massa seca, sempre temos que equilibrar a oferta que temos de pasto com a demanda dos animais que consigo fornecer comida. Portanto, imagine que sua área tem 20 ha e o peso médio do lote de 350 Kg. Em média, zebuínos consomem 3% do seu peso vivo total por dia e, do volume de pastagem produzida, 50% é descartada pelo efeito de pisoteio, acamamento, fezes, entre outros fatores. Agora, vamos dimensionar o consumo de cada animal no ano (365 dias) e a quantidade de comida que tenho pra fornecer para saber com quantos animais consigo fornecer e dimensionar a taxa de lotação.


Consumo = peso vivo X consumo diário X quantidade de dias

Consumo = 3% X 350 Kg X 365 dias

Consumo = 3833 Kg/animal no ano


Quantidade = Produção Kg/ha de MS X taxa de descarte X total da área

Quantidade = 10.000 Kg/ha X 50% X 20 ha

Quantidade = 100.000 Kg de Massa seca


Número de animais =Quantidade / Consumo

Número de animais = 100.000/3833

Número de animais = 26 animais de 350 Kg


Taxa de lotação = Numero de animais/tamanho da área

Taxa de lotação = 26/20

Taxa de lotação = 1,3 animais de 350 Kg/ha; em UA, 1 UA/ha


Este número corresponde o quanto de comida que você tem e o quanto de animais a propriedade suporta. Caso trabalhe com taxas de lotação maiores que isso, a tendencia é que o pasto fique “rapado” prejudicando o rebrote, tempo de retorno dos animais e, em maior consequência, rápida degradação da pastagem, necessitando reforma-la novamente, como ilustra a imagem abaixo.  Sempre façam essas contas pois elas auxiliam para que sua pastagem tenha vida longa e duradoura.

 

                                                                                                                     Taxa de lotação e capacidade de suporte: uma ferramenta que auxilia no manejo das pastagens

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